quarta-feira, agosto 31
Ricky Martin em Porto Alegre
Ricky Martin realizou na noite desta terça-feira, no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, o último show no Brasil de sua turnê mundial "Música + Alma + Sexo" --a primeira desde que o cantor assumiu sua homossexualidade, em março de 2010. O show marcou também o retorno do artista à cidade. A última vez de Ricky Martin na capital gaúcha foi em 1985, quando ainda era o menino-prodígio do conjunto Menudos.
Simbolismo é o que não falta nas apresentações atuais do cantor. Antes de subir ao palco, os telões mostram imagens suas libertando-se de correntes. Além disso, a estrutura do palco é uma clara referência ao filme "Prisioneiro do Rock", de Elvis Presley --"Jailhouse Rock", em inglês. Há ainda lições de tolerância nos solos de um dos bailarinos, que declara "ser gay e estar bem com isso", e do excelente guitarrista, que conta, em um vídeo, ter sido confundido com um criminoso pela polícia por ser negro.
Mas, claro, o centro de tudo é Ricky Martin, um "entertainer" acima de tudo --na falta de uma expressão melhor em português. Além de excelente cantor, é simpático e comunicativo. E, a julgar pela reação do público a cada um de seus passos, é atraente para pessoas de qualquer gênero.
Musicalmente, o show é irrepreensível: começa com guitarras e batidas eletrônicas fortes em "Sera Sera" e "It's Alright", para, logo depois, sacar a trinca máxima "Livin La Vida Loca", "She Bangs" e "Shake Your Bon Bon". São nessas músicas que o cantor dosa com perfeição sua origem latina e a influência da música pop moderna. Depois dos hits, começa a seção "sexo" do espetáculo, em que as danças se tornam mais insinuantes, com direito à simulação de orgia em um grande sofá na música "I Am".
E como não se esquece de onde vem --convidando o público a passar as férias em Porto Rico--, Ricky Martin encerra o show nos ritmos caribenhos de "La Bomba", "Pégate" e "The Cup Of Life", tema da Copa do Mundo de 1998.
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