quarta-feira, maio 18

Novas diretrizes para o trabalho infantil de Modelos


South Brazil Models junto com o Sindicato de Manequins e Modelos RS


Trabalho infantil

Uma questão muito séria foi alvo de importante debate foi o trabalho do Sindicato dos Manequins, Modelos e Recepcionistas do RS (Simmre-RS), que enfrenta de forma decidida um problema que atinge o setor: o trabalho infantil.

A Constituição proíbe o trabalho para menores de 14 anos. No entanto, isso é uma realidade na área cultural e publicitária. O que fazer diante disso? Combater ou regular? É possível fazer uma novela sem crianças? Evaristo criou um setor chamado “Cadastro Especial de Menores Artistas (CEMA)”, que registra e protege os artistas, manequins e modelos infantis.

“Na prática, o que vemos são crianças e adolescentes atuando profissionalmente nas novelas, nos comerciais de televisão, nos catálogos de moda infantil, nos desfiles, etc. Fazem parte de um mercado que tem um grande público consumidor. O que acontece é que esses profissionais nem sempre são remunerados e quando são o cachê é muito inferior ao do modelo adulto ou muitas vezes são submetidas a exploradores que não respeitam a sua condição e fragilidade”, diz o presidente do Simmre-RS, Evaristo Pizzi.

O Simmre-RS pretende expandir o CEMA para o resto do país. Para tanto, defende a alteração da Constituição, abrindo uma exceção para a sua área, mas mantendo a proibição para as demais. Depois viria uma normatização, semelhante a que o sindicato implementou no Sul, com regras como a obrigação de que os pais abram uma poupança e depositem 50% da gratificação da criança, que só poderá sacar após completar 18 anos. Para trabalhar, a criança deverá ser cadastrada no sindicato, que fiscalizará e acompanhará a empresa, que também será obrigada a se registrar no sindicato.

“O Sindicato não vai fazer exame para os menores que vierem através de seleção de ‘caça talentos’ não reconhecidos pela entidade e vai tentar coibir esse tipo de atividade pois considera, exploratória e extorsiva e que muitas vezes, de forma negligente, viola a preservação da imagem da criança além de colocá-la em situação constrangedora resultando em traumas que afetam sua integridade psíquica e moral”, afirma Evaristo.

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